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Retomada

Economia venezuelana dá sinais de recuperação, mas sanções dos EUA impactam o país

Governo Maduro anuncia que investirá 75% do orçamento geral do Estado no setor social, em áreas como saúde e educação

26.out.2018 às 11h56
Caracas (Venezuela)
Fania Rodrigues
Região de comércio em Caracas aumentou movimento financeiro nos últimos dois meses, diz economista

Região de comércio em Caracas aumentou movimento financeiro nos últimos dois meses, diz economista - Fania Rodrigues

Nas ruas de Caracas é possível notar maior movimentação no comércio, bares e restaurantes. Além disso, a inflação desacelerou, assim como o valor do dólar paralelo, segundo a avaliação de economistas do país. O setor bancário deixou de limitar o valor dos saques em dinheiro. Com isso, a moeda nacional, o bolívar, voltou a circular normalmente, o que não acontecia desde agosto do ano ado.

A reação da economia teve como ponto de partida o Plano de Recuperação Econômica da Venezuela, lançado pelo pelo governo do presidente Nicolás Maduro no dia 20 de agosto e que nesta semana completou 90 dias. Entre as medidas implementadas está a reconversão da moeda, com o corte de cinco zeros e o aumento do salário-mínimo.

:: O que está acontecendo na Venezuela? ::

O economista Toni Boza aponta alguns dados que mostram como a economia reagiu frente às últimas medidas do governo venezuelano. “O primeiro impacto positivo foi a desaceleração da inflação, que não foi eliminada, mas foi freada. Ainda existe especulação por parte de empresários e comerciantes, mas é menor. Além disso, o valor do dólar paralelo subiu cerca de 30%, mas antes esse valor subia uns 300% ao mês”, afirma.

A padaria Flor De Pan, localizada na região de Sabana Grande, zona comercial de Caracas, é um exemplo de como o movimento comercial aumentou. “Já no primeiro dia, depois das mudanças anunciadas, o movimento aqui na padaria mudou. As mesas ficaram lotadas e dava para ver que as pessoas sentiam falta de sair para tomar um café, de ter esse momento para compartilhar com a família ou os amigos”, relata o garçom Alfredo Castellane.

De acordo com o trabalhador, o salário antes não dava para consumir comida nem bebida fora de casa, devido ao alto custo. “A inflação tinha comido nosso salário. Agora não é muito o que ganhamos, mas melhorou”, destaca.

Etapas de recuperação

Para o economista Boza, o Plano de Recuperação vem alcançado suas metas. “O plano econômico tinha como principal objetivo frear a deterioração do salário e da capacidade de consumo dos venezuelanos. Essa etapa foi cumprida. Agora virão novas fases do plano”.

A aplicação do novo preço do combustível faz parte dessas fases seguintes. O valor será calculado com base no mercado internacional, mas com um sistema de subsídio que beneficiará cerca de 20% da população mais pobre do país.

Outra medida que virá em breve é a liberação da venda do Petro, a moeda virtual venezuelana. A criptomoeda que até agora estava disponível apenas para investidores, poderá ser adquirida pelo cidadão comum e trocada em casas de câmbio autorizadas na Venezuela e na Europa. Atualmente, seis casas de câmbio internacionais estão habilitadas a fazer a troca a outras moedas estrangeiras. 

Além do Petro, os venezuelanos têm a opção de investir suas economias em lingotes de ouro, uma espécie de poupança. O valor é calculado de acordo com o câmbio flutuante do euro e da moeda chinesa, o yuan. A jornalista Sonalys Borregales comprou recentemente um lingote de 1,5 gramas de ouro, no lavor de 3.800 bolívares, o equivalente a US$ 60 (aproximadamente R$ 228). “É uma boa maneira de economizar e também nos protege da desvalorização da moeda e da inflação”, afirma.

Para  combater a crise econômica, o governo venezuelano também aumentou o percentual investido no setor social, que ou de 73% para 75% do orçamento geral do Estado.

A educação representa 13% do investimento total do governo, enquanto a Saúde  recebe 9% do orçamento. No Brasil, segundo os dados oficiais de 2017, o governo investiu 3,16% em saúde e 3,26% do orçamento público em educação.

O aumento de investimento em políticas sociais foi anunciado pela vice-presidenta Delcy Rodríguez, ao apresentar o planejamento do governo diante da Assembleia Nacional Constituinte, na última terça-feira (23). “O orçamento público na Venezuela está dirigido a satisfazer as atuais e futuras necessidades da população, o poder de consumo dos seus habitantes e, principalmente, a justiça social e a distribuição da riqueza”, enfatizou.

:: Leia mais: Existe uma forte pressão financeira internacional sobre a Venezuela, diz economista ::

Trump contra a Venezuela

Desde 2015, a Venezuela vive uma grave crise política e econômica. Os conflitos entre o governo e a oposição provocaram diversas formas de pressão internacional, classificadas pelo governo de Nicolás Maduro como “guerra econômica”.

A partir de 2017, o presidente dos EUA, Donald Trump, aplicou uma série de sanções econômicas sobre autoridades venezuelanas, mas também sobre o governo e as empresas privadas do país e também estrangeiras que atuam na Venezuela. O país latino-americano também foi proibido de fazer qualquer transação na moeda norte-americana. Muitas contas foram fechadas e recursos públicos bloqueados no exterior.

De acordo com o ministro da Economia da Venezuela, Tarek el Aissami, justo quando o país começava a se recuperar, os EUA aplicaram novas sanções, no final de setembro, que afetou empresas privadas, empresários e particulares que comercializavam com a Venezuela. “O setor industrial e o farmacêutico terão suas contas em dólares fechadas pelos EUA e proibidos de fazer qualquer negociação em dólares”, indicou Aissami, em suas últimas declarações à imprensa na semana ada.

Essa sanções impactaram o setor público e, sobretudo, o privado nas últimas semanas, que não têm conseguido fazer pagamentos nem compra e venda no exterior. A Venezuela é um país totalmente dependente da importação de itens básicos, como alimentos, remédios, peças para carros e maquinas, e medidas de bloqueio em transações comerciais podem gerar mais dificuldades para a população do país.

Os erros na condução econômica do país, que priorizou a renda petroleira em relação ao desenvolvimento da indústria nacional e da agricultura são apontados por especialistas. O próprio presidente Nicolás Maduro reconheceu, em julho deste ano, que ocorreram erros e, portanto, é necessário uma "mudança total" na economia venezuelana. “Os modelos produtivos que testamos até agora fracassaram, e a responsabilidade é nossa, é minha. Vamos produzir uma mudança total", declarou.

A nova realidade exige uma engenharia financeira inédita, construída com intermediários junto ao sistema financeiro internacional, de acordo com o ministro da Economia. Esse cenário leva a uma alta dos preços dos produtos, subindo o custo de vida. “Os intermediadores bancários estão imponto taxas altíssimas para negociar com a Venezuela, se aproveitando dessa situação para enriquecer”, denuncia.

Tarek el Aissami disse ainda que o governo dos EUA tem exercido pressão para que a Venezuela aceite ajuda humanitária, no entanto, essa pode ser uma das estratégias dos estadunidenses para abrir o a uma intervenção militar, de acordo com as regras da ONU.

Contudo, para Aissami, se o governo dos EUA realmente tivesse interesse em ajudar os venezuelanos bastaria retirar as sanções econômicas para que o país pudesse melhorar sua situação econômica. “Veja a dúbia ação dos EUA. Aplicam sanções, nos impedem de pagar os compradores de títulos da dívida venezuelana e por outro lado falam em ajuda humanitária”, critica o ministro.

Editado por: Vivian Fernandes
Tags: caracasvenezuela
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