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Início Política

SEGURANÇA

“Liberação do porte de armas é um tiro no pé”, aponta sociólogo

Para Daniel Misse, a relação que Bolsonaro faz entre mais armamento e segurança vai na contramão de diversas pesquisas

12.out.2018 às 10h58
Rio de Janeiro (RJ)
Clivia Mesquita
"Política de armar a população tende a ser um tiro no pé a piorar muito a situação da segurança pública no país", diz Daniel Misse

"Política de armar a população tende a ser um tiro no pé a piorar muito a situação da segurança pública no país", diz Daniel Misse - Ian Cheibub

Com o aumento dos índices de violência e homicídio no Brasil, a sociedade cobra medidas efetivas de reversão desse quadro alarmante, que já ultraa 62 mil pessoas assassinadas por ano, segundo o Atlas da Violência 2018. Com a aproximação do segundo turno, o eleitorado brasileiro tem até o dia 28 de outubro para conhecer melhor e mais profundamente os programas de governo dos candidatos à presidência da República para a área da segurança pública. “O Brasil Feliz De Novo”, com as propostas de Fernando Haddad (PT), e “O Caminho Da Prosperidade”, de Jair Bolsonaro (PSL), estão disponíveis para na internet. 

No plano de governo do PT, a intervenção militar no Rio de Janeiro é colocada como mau exemplo do desvirtuamento do papel do Exército – que foi levado a assumir a função das forças de segurança pública. Em contrapartida, assume que a atuação do Estado sobre o tema precisa ser aprimorada com articulações de políticas sociais de forma integrada, controle de armas e o Plano Nacional de Redução de Homicídios.

Do outro lado, as previsões de Bolsonaro aparecem em formato PowerPoint, com mapas pintados de vermelho em alusão a Estados governados por partidos como PT e PCdoB. Em seguida, o documento mostra países que aboliram o controle de armas de fogo como EUA, Inglaterra, Noruega e seus baixos níveis de homicídio sem considerar que eles possuem planos públicos de proteção social e combate à desigualdade. A correlação inversa é feita com países da América Latina.

Para Daniel Misse, Professor Adjunto do Departamento de Segurança Pública do Instituto de Estudos Comparados em istração de Conflitos (InEAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) a relação estatística entre intenção de voto e regiões mais ou menos violentas do Brasil deve ser feita com muita cautela, visto que é uma interpretação feita a partir de uma pesquisa que não tem essa finalidade.

“Na verdade, se tem uma percepção de violência que é difusa, não tem como controlar as variáveis sem um estudo sério e específico sobre o tema e as sondagens eleitorais não servem para isso. Mesmo porque o grupo estudado é sempre pequeno, de dois mil eleitores espalhados normalmente em capitais. Não se tem uma visão do país todo”, explica.

Segundo o pesquisador, o problema dessa interpretação continua sendo em tentar relacionar a percepção da violência com o cenário político atual, no qual questões complexas vêm sendo tratadas de forma simplista com o apoio de setores conservadores da sociedade com o objetivo de reforçar uma polarização em relação a um adversário. “Esse tipo de interpretação não explicaria porque regiões muito violentas e pouco violentas dentro de uma mesma cidade acabam escolhendo o mesmo candidato”, complementa.

Na primeira pesquisa de intenção de voto no segundo turno do Instituto Datafolha, Bolsonaro mantém vantagem sobre Haddad, apesar da política de segurança do PSL pregar o armamento ir como solução para a crescente violência no país. Bolsonaro descreve em suas propostas de segurança que as armas são meros instrumentos, “objetos inertes que podem ser utilizadas para matar ou para salvar vidas. Isso depende de quem as está segurando: pessoas boas ou más”.

O professor Daniel Misse aponta que a relação entre mais armamentos e uma sociedade mais segura vai na contramão das muitas pesquisas de avaliação de impacto de políticas públicas sobre o desarmamento no Brasil e no mundo. A busca pela redução da violência a não só pela restrição da venda, mas também pelo controle rígido das armas e munições, “reforçando o rastreamento por meio de marcações rigorosas e controle com entidades que possam ser responsabilizadas em caso de qualquer malfeito”, completa.

Violência e desigualdade social

O sociólogo e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), José Cláudio Souza Alves chama atenção para o somatório de informações sem fundamento e sem aplicação de estudos claros no programa de governo de Jair Bolsonaro. “A primeira sensação é que você está diante de uma Fake News do tipo das várias que vem sendo divulgadas no Brasil ao longo desses últimos dias”, comenta.

“A violência aumentou porque as pessoas estão se matando em busca de alternativa de sobrevivência diante de um Estado que não lhes dá proteção alguma, e o candidato sequer cita isso. Na América Latina a desigualdade é um fosso brutal e as populações empobrecidas não tem o a políticas públicas nem formas de proteção frente à violência e a criminalidade. Os habitantes de países que liberaram as armas têm alternativas reais dentro da situação de desemprego e vulnerabilidade.”

José Cláudio ainda ressalta que há uma tendência desse pensamento de promover uma batalha de “todos contra todos” quando propõe em escala nacional o que já é uma realidade nas favelas militarizadas do Rio de Janeiro. “Se hoje a polícia já possui carta branca para matar a rodo como ocorre e sofre as consequências disso que é ser morto também, porque é disso que se trata: a polícia mais homicida e suicida do mundo. Ele [Bolsonaro] quer elevar isso a sua enésima potência numa escalada que é um banho de sangue", conclui. 

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: eleiçõessegurança públicaviolência
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