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Agroecologia

Guardiões de sementes resistem ao monopólio das multinacionais

Controle dos grãos por conglomerados internacionais colocam em risco o direito à alimentação saudável

08.jun.2018 às 15h55
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h43
Curitiba (PR)
Katarine Flor
Hans Rinklin é coordenador da Casa de Sementes de Mandirituba (PR) e destaca que a iniciativa resgata o controle do cultivo pelo agricultor

Hans Rinklin é coordenador da Casa de Sementes de Mandirituba (PR) e destaca que a iniciativa resgata o controle do cultivo pelo agricultor - Giorgia Prates

A Bayer se converteu nesta quinta-feira (7) em líder mundial de sementes, fertilizantes e pesticidas. O grupo farmacêutico e agroquímico alemão anunciou a compra da americana Monsanto. A fusão deve criar uma empresa com o controle de mais de um quarto do mercado mundial de sementes e pesticidas.

No ano ado, a empresa norte-americana Dow Chemical fundiu-se com sua compatriota DuPont e houve a compra da suíça Syngenta pela  chinesa ChemChina.

“É revelador o grau de dependência que a humanidade começa a ter de algumas empresas que controlam a vida. A compra é um absurdo”, afirmou o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile, em entrevista realizada durante a 17ª Jornada de Agroecologia, em Curitiba. Stédile destaca que a Bayer a a controlar o mercado de adubos, insumos, fertilizantes, venenos agrícolas e sementes.

Casa de sementes

Na outra ponta estão iniciativas como as casas de sementes. Unidades de beneficiamento de grãos orgânicos, que fazem a ponte entre os agricultores.

O coordenador da Casa de Sementes de Mandirituba, no Paraná, Hans Rinklin, destaca que este tipo de iniciativa resgata o controle do cultivo pelo agricultor. “São quatro ou cinco firmas que produzem quase 90% das sementes. É importante a agricultura familiar ter a autonomia sobre elas”, afirma.

Hans Rinklin  enfatiza que as grandes empresas sementeiras do agronegócio exercem forte influência sobre governos e legisladores. “Há uma dependência muito grande, inclusive, dos governos. Não me diga que essas firmas não usam o poder que hoje já tem.  Quem hoje prepara as leis não são os políticos e seus assessores. São os Lobbies dessas firmas”, diz.

Segundo Rinklin, os governos criam condições políticas e legais que favorecem e ampliam o controle dessas empresas sobre os mercados. O coordenador conta que a maior parte das sementes comerciais desenvolvidas por essas grandes corporações fazem parte de um sistema agroquímico que modifica as sementes “para que haja a necessidade de uma maior dosagem de adubo e de venenos agrícolas”. 

Pesquisas realizadas em Cruz Alta (RS) pela Fundacep revelam que a produtividade de todas as variedades de soja transgênica se revelou 13% menor do que as recomendadas.

Sementes crioulas

Outro problema trazidos pelas multinacionais é a cobrança de royalties para o plantio de sementes transgênicas. Ou seja, o agricultor que planta essas sementes fica vinculado, através de um contrato, à empresa dona da patente.

Na resistência a esse tipo de produção estão Guardiões de Sementes, como o agricultor João Dantas, do município de Mandirituba. 
“Para quem não sabe, o guardião de sementes é aquela pessoa que mantém as sementes crioulas e preserva a diversidade que o mundo precisa”, conta Dantas que trabalha com este tipo de grão. Ele explica: “é uma semente que vai fazendo sua mutação naturalmente”.

Diferente da transgenia, que é um processo caro e que só pode ser feito em laboratório, o melhoramento feito pelos agricultores que trabalham com sementes crioulas envolve cruzamentos naturais.

A cada safra, o guardião escolhe as melhores plantas e guarda as sementes para usar no ano seguinte. O processo é repetido várias vezes. Dantas explica que essa é uma forma de adaptar as sementes ao sistema orgânico. 

A agricultora Eulália Fátima também é uma guardiã. Ela ressalta a importância do controle das sementes pelos agricultores, mas conta que “nem tudo são flores”. Ela lembra que hoje existem restrições à comercialização desses materiais pelos agricultores.

Atualmente a lei permite que agricultores familiares multipliquem sementes ou mudas para distribuição, troca ou comercialização entre si, sem a necessidade do registro no Ministério da Agricultura. No entanto,  a guardiã conta que a legislação criou um problema para o comércio de sementes e mudas na agricultura familiar ao dizer que essa permissão não é válida para organizações como cooperativa, associação ou sindicato, por exemplo, que só podem distribuir, mas não podem vender, mesmo só para os agricultores que sejam associados àquela organização. 

Editado por: Júlia Rohden
Tags: agroecologiamonsantosemente
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