Neste sábado (14), a Praça da Independência, conhecida como Praça do Diário, se transformará em palco para o ato inter-religioso, político e cultural “Marielle Vive, Lula Livre”. Em frente à praça fica a ocupação Marielle Franco, feita por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no edifício Sulamérica. O ato é organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo de Pernambuco.
Gleisa Campigotto, da Frente Brasil Popular reafirma a importância das mobilizações. “Em Pernambuco estamos num processo intenso de luta, organização e mobilização. Tivemos um seminário em Caruaru no fim de semana ado com mais de 400 pessoas para organizar o Congresso do Povo e temos atividades agendadas em todas as regiões do estado”.
Desde a prisão do ex-presidente Lula, no último dia 4, as duas frentes têm programando atividades conjuntas pela liberdade de Lula. Neste sábado, uma semana após a prisão do ex-presidente, completa um mês da execução brutal da vereadora Marielle Franco, ativista de Direitos Humanos e uma das principais vozes da periferia do Rio de Janeiro.
A ocupação, que leva o nome de Marielle, também faz parte da resistência contra o golpe e da luta contra a retirada de direitos imposta pelo governo golpista de Michel Temer (MDB). “A ocupação tem sido um desafio, porque nunca havíamos ocupando um prédio, apenas terrenos. Infelizmente a ocupação aconteceu junto à morte da Marielle, então nada mais justo que homenageá-la”, afirma Vitória Genuíno, militante do MTST. “Nós entendemos o papel da resistência, da denúncia do golpe, a defesa da democracia e a liberdade do ex-presidente Lula”, completa.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), que integra a Frente Brasil Popular ao lado de movimentos campesinos, movimentos de mulheres, partidos de esquerda e outras organizações, divulgou esta semana um calendário de ações. O presidente da CUT Pernambuco, Carlos Veras, ressaltou que “a CUT vem denunciando desde o início que o golpe de 2016 é contra a classe trabalhadora, sua real motivação é o desmonte de direitos sociais e trabalhistas”. Veras ressaltou também que medidas como a reforma trabalhista e a reforma da previdência “não seriam possíveis em uma sociedade democrática, num governo eleito pelo povo brasileiro”.
Em todo o estado, atos pela liberdade de Lula e em defesa da democracia estão agendados durante todo o mês de abril. Além das manifestações, estão marcadas panfletagens e ações nos bairros da Região Metropolitana do Recife, para conversar com a população. Além da RMR, também estão previstas atividades nas cidades de Petrolina, que também no último sábado (7) recebeu o ato ecumênico “Marielle Vive, Lula Livre”, na Praça da Juventude, bairro João de Deus. A cidade tem um calendário de atividades nos bairros em preparação para o Congresso do Povo, assim como Caruaru, onde – também no dia 7 – houve panfletagem e pintura de camisas no centro da cidade.
