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Crime

Criança apresenta sintomas de intoxicação pela lama da Samarco

Além de Sofya, de 3 anos, estudo mostra alterações nos níveis de níquel e arsênio em 10 moradores de Barra Longa (MG)

13.mar.2018 às 18h42
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h42
São Paulo (SP)
Leonardo Fernandes
Gesteira, município de Barra Longa (MG), destruído pela lama tóxica

Gesteira, município de Barra Longa (MG), destruído pela lama tóxica - Felipe Wernek/Asscom-Ibama

Sofya tinha apenas dez meses quando houve o rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da empresa Samarco, em Minas Gerais, no dia 5 de novembro de 2015. A família da criança vive em Barra Longa, município de 5.720 habitantes, o segundo a ser atingido pela lama tóxica com rejeito de mineração. 

A mãe, Simone Silva, conta que desde a tragédia, a menina começou a apresentar sintomas de intoxicação. “Logo que a lama chegou em Barra Longa ela começou a ter diarreia e umas manchas pelo corpo. Levei ela ao médico [pela primeira vez] no dia 18 de novembro [2015] e voltei no dia 29. E daí até hoje. Já são dois anos e meio tratando com vários médicos”, relata a mãe.

Segundo Simone, o problema teria se agravado quando, em maio de 2016, a prefeitura decidiu utilizar a lama retirada da parte baixa da cidade, para o calçamento de ruas da parte alta, onde ela mora até hoje. “Em Barra Longa, onde a lama não foi eles levaram. E a gente costuma dizer que em Barra Longa a lama sobe o morro. E foi quando piorou o problema de Sofya”, lamenta. 

A mãe de Sofya carrega a cópia de um documento no qual pediu que a empresa Samarco suspendesse a colocação de rejeito em forma de blocos de calçamento em sua rua. Na época, a empresa afirmou que “as medidas realizadas pela Samarco seguem diferentes critérios que foram estabelecidos em acordos judiciais entre o Ministério Público e a comissão que representa as pessoas impactadas”. A empresa ainda se comprometeu a avaliar o caso e tomar as medidas cabíveis, no entanto, o calçamento com a lama contaminada foi concluído. 

Nesta segunda-feira, mãe e filha estiveram no Hospital das Clínicas de São Paulo para a realização de novos exames, depois que um estudo do Instituto Saúde e Sustentabilidade comprovou um alto nível do metal níquel e uma quantidade anormal de arsênio no organismo de 11 moradores da cidade de Barra Longa, entre os quais, Sofya, de apenas três anos.

As amostras de sangue foram coletadas no dia 28 de março de 2017 em pessoas com idade entre 2 e 92 anos, que já haviam apresentado problemas de saúde similares após o desastre, em 2015. Em dez das 11 análises, foi constatado o aumento da presença de níquel no sangue. Além disso, três pessoas apresentaram um aumento de arsênio acima da normalidade. Na segunda-feira, a menina Sofya refez os exames, que confirmam a intoxicação.

Segundo Camila Brito, militante do Movimento de Atingidos por Barragens (Mab), o caso de Sofya e dos outros dez moradores de Barra Longa incluídos na pesquisa evidenciam a grave realidade da saúde pública dos moradores que, ao longo de toda a bacia do Rio Doce, convivem com o rejeito de mineração. Dezenas de outros casos foram documentados pelo Mab em outros municípios atingidos. 

“Conseguimos provar nessas 11 amostras, mas em toda a bacia existe o problema. E não existe um exame, não tem um plano de investigações sobre a relação entre as doenças que estão sendo desencadeadas a partir do crime que ocorreu há dois anos e quatro meses. Não existe um plano, um projeto de estudo da bacia que leve em conta a saúde dos atingidos e atingidas”.

Brito defende que seja construído um plano para atenção à saúde dos atingidos, a partir do diálogo com a população e os movimentos sociais “A primeira coisa é entender que a saúde é um direito humano, que está sendo violado na bacia [do Rio Doce]. Para nós, isso [o estudo] é a prova das provas de algo enorme que está acontecendo, que é a contaminação por conta do rejeito das mineradoras criminosas. E para além desses exames pontuais, que são importantes e nesse momento ganha uma relevância pra nós, deve ser feito um plano muito maior a longo prazo”. 

O Mab defende ainda que que o Estado se faça presente na elaboração de um plano de atenção ao longo da bacia do Rio Doce e que haja responsabilização das empresas que causaram a tragédia. 

Evidências da contaminação

O Brasil de Fato teve o ao relatório final da pesquisa realizada pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade e que analisou amostras de sangue de moradores do município de Barra Longa (MG) que apresentaram sintomas relacionados a problemas neurológicos, respiratórios, osteoarticulares, gástricos, dermatológicos e de ordem geral após o rompimento da barragem.

A Fundação Renova, criada pelas empresas Samarco, BHP Billiton e Vale para ‘gerir e executar medidas previstas nos programas socioeconômicos e socioambientais, incluindo a promoção de assistência social aos impactados’, afirmou em nota que “a Fundação está em permanente contato com a organização responsável pelo estudo e com a Secretaria Municipal de Saúde e assegura que quaisquer danos à saúde da população que tenham relação comprovada com o rompimento serão considerados e tratados no processo de reparação dos referidos impactos”.

Ainda no comunicado, a Fundação Renova coloca em dúvida o estudo realizado e a relação causal entre os resultados da pesquisa e o rompimento da barragem de Fundão; e afirma que “segue monitorando a qualidade do ar no município. Os resultados atuais estão dentro dos parâmetros exigidos pela legislação brasileira”. 

Embora o relatório não identifique a relação causal entre os casos de pessoas doentes e o rompimento da barragem, as análises, associadas aos diversos casos já mapeados por pesquisadores e por movimentos sociais, são um forte indício de contaminação da população. O documento recomenda às autoridades a implementação imediata de um estudo de Biomonitoramento Humano (BH), que nada mais é do que o acompanhamento periódico de uma  substância química em uma determinada população. Além disso, o estudo alerta para urgência na assistência às pessoas que já apresentam evidências da intoxicação.
 

Editado por: Juca Guimaraes
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