Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

Honduras

Berta Cáceres: dois anos de impunidade

Movimentos populares da América Latina continuam pedindo justiça para o crime cometido contra a ambientalista

02.mar.2018 às 18h42
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h42
São Paulo (SP)
Mauro Ramos
Berta Zúñiga Cáceres, filha de Berta Cáceres, durante manifestação por justiça para Berta Cáceres em frente a OEA, em Washington (EUA)

Berta Zúñiga Cáceres, filha de Berta Cáceres, durante manifestação por justiça para Berta Cáceres em frente a OEA, em Washington (EUA) - Daniel Cima / Flickr

Após anos de perseguição e ameaças por causa da militância contra a instalação de uma barragem em território do povo indígena Lenca, a líder comunitária Berta Cáceres foi assassinada por mercenários no dia 2 de março de 2016. Dois anos depois, os familiares, a comunidade onde morava e movimentos populares da América Latina continuam exigindo justiça pelo crime. 

Cáceres, coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), defendia o território lenca e o rio Gualcarque, considerado sagrado por esse povo indígena. Ela enfrentou interesses poderosos envolvidos na construção da barragem hidrelétrica de Água Zarca: o projeto contava com o financiamento do FMO (o banco de desenvolvimento dos Países Baixos), com US$ 15 milhões; o FinnFund (fundo finlandês de cooperação industrial), com US$5 milhões, e o BCIE (Banco Centro-americano de Integração Econômica) com US$ 24,4 milhões.

Em julho de 2017, o FMO e o FinnFund abandonaram o projeto devido às pressões e denúncias realizadas pelos movimentos populares hondurenhos. À época, o COPINH considerou a retirada das instituições financeiras uma medida insuficiente, denunciando que “não se consideram responsáveis pela morte e violações de direitos humanos que resultaram do projeto". Eles ressaltaram ainda que continuariam "exigindo que os bancos reconheçam suas responsabilidades e que peçam perdão às comunidades atingidas e ao COPINH, algo que têm se negado fazer”.

Pelo crime, foram presas oito pessoas, incluindo militares reformados e empregados da empresa Desarrollo Energéticos (DESA), responsável pelo projeto. No entanto, os familiares de Berta e o COPINH exigem que os mandantes do crime sejam responsabilizados.

Em novembro de 2017, o Grupo Assessor Internacional de Especialistas publicou o relatório Barragem de Violência – O plano que assassinou Berta Cáceres, onde conclui que funcionários do governo hondurenho e empresários da DESA estavam envolvidos no crime. O grupo é formado por especialistas em direito internacional, direitos humanos, direito penal internacional e direito penal comparado, e realizou uma análise independente sobre o caso da militante lenca.

Papel dos Estados Unidos

O COPINH iniciou ainda uma campanha pública para que o povo estadunidense pressione o Congresso do país para aprovar o projeto de lei Berta Cáceres, que visa a suspensão do financiamento por parte dos EUA, do exército e das forças de repressão hondurenhas, “como medida necessária para acabar com a situação de repressão e terror em que vive Honduras”, como afirma a organização em um comunicado. 

Movimentos e partidos de esquerda denunciaram a participação do governo estadunidense no golpe de Estado de 2009 cometido contra o presidente hondurenho Manuel Zelaya. A partir desse momento, as violações aos direitos humanos de ativistas e trabalhadores da comunicação têm se tornado das mais graves da região latino-americana.

Em relação à participação dos EUA no golpe, a própria secretária de estado na época, Hillary Clinton, afirmou em sua autobiografia Hard Choices ("Decisões difíceis"), que o líder do Congresso hondurenho, Roberto Micheletti (que tornou-se presidente após o golpe), “afirmou estar protegendo a democracia hondurenha contra o a tentativa ilegal de Zelaya adquirir mais poder, e advertiu que queria se tornar outro Chávez ou Castro”.

"Certamente, a região não precisava de outro ditador, e muitos conheciam Zelaya o suficiente para acreditar nas acusações contra ele", conclui Clinton em sua biografia. 

Nesta quinta-feira (1), deputados da oposição hondurenha se manifestaram na frente do Congresso Nacional exigindo justiça por Berta Cáceres e o cancelamento da concessão do projeto hidrelétrico Água Zarca.

No Brasil, movimentos populares do campo, também se somaram aos pedidos de justiça pela militante hondurenha, entre eles o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), que destacou Berta como "exemplo de resistência popular ao avanço desenfreado do capitalismo."

Editado por: Camila Salmazio
Tags: berta cáceresestados unidosgolpe de estadohonduras
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

ARTIGO 19

Mendonça: redes não podem ser responsabilizadas por postagens ilegais

Protesto

MST realiza atos em Marabá (PA) contra instalação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Bolsonarismo

Falta de unidade pode enfraquecer extrema direita nas eleições de 2026, avalia professor

AMAZÔNIA

‘Aproveitam brechas da lei para roubar terras públicas’, diz secretário do Observatório do Clima sobre grileiros

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.