Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

América Latina

‘Há uma continuidade do golpe de Estado de 2009 em Honduras’, diz Manuel Zelaya

Ex-presidente fala sobre o atual processo eleitoral no país e diz que Honduras atravessa ditadura patrocinada pelos EUA

11.dez.2017 às 06h00
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h41
Fabrizio Lorusso
|La Jornada
Para Zelaya, situação eleitoral de Honduras é continuidade do golpe de 2009

Para Zelaya, situação eleitoral de Honduras é continuidade do golpe de 2009 - Wikimedia Commons

Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras (eleito para o mandato de 2006-2010), foi vítima de um golpe de Estado em 2009 e agora é coordenador da Aliança Opositora Contra a Ditadura, coalização eleitora que apoia o candidato Salvador Nasralla contra o candidato José Orlando Hernández, atual mandatário que busca se reeleger pelo Partido Nacional.

A contagem final do Tribunal Supremo Eleitoral deu a vitória a Hernández com 42,98% dos votos, contra 41,39% de seu rival, mas após uma “queda do sistema” de informática da contagem de votos e alegações de fraude eleitoral, Nasralla, respaldado por seus seguidores, não reconheceu o resultado e pediu a recontagem dos votos.

Para o ex-presidente, o que acontece atualmente em Honduras é simplesmente uma continuidade do golpe de Estado que sofreu. Leia a entrevista:

La Jornada: Como interpreta o que aconteceu em Honduras, a queda do sistema, as denúncias de fraude eleitoral, a repressão dos protestos e o estado de sítio?
Manuel Zelaya:
 Bom, isso é um ataque ao poder pelos que já o assaltaram em 2009, isto é, há uma continuidade do golpe de Estado.

LJ: Então há um paralelo com o que você viveu em 2009 com o golpe de Estado?
MZ:
 Sim. São os mesmos que estão governando! Eles vieram vencidos, derrotados. O tribunal eleitoral, no dia das eleições, no domingo (26/11), declarou que estávamos 5 pontos acima e havia contabilizado 70% dos votos. Então se am três dias e agora nos dizem que perdemos…

LJ: O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) acaba de anunciar que irá recontar 5 mil atas, mas são as enviadas depois da queda do sistema informático. Aceitarão esse conteúdo? O que mais pede a oposição?
MZ:
 Nós estamos exigindo que se contem todas as atas e todos os votos porque detectamos, com provas, uma contaminação dos servidores das bases de dados, das transmissões, dos registros. Tudo isso está contaminado. Então estão pedindo que todas as atas sejam averiguadas, voto por voto. Bom, Honduras é um país pequeno e isso se pode fazer em três dias. É algo rápido.

LJ: A respeito da reeleição do atual mandatário, Juan Orlando Hernández, do Partido Nacional, que foi possível graças a uma controversa decisão da Corte Suprema, foi constitucional o que ocorreu? Porque esse também foi um argumento usado para dar o golpe em 2009…
MZ:
 Sim, é estranho que agora que se violou claramente a constituição, estes organismos internacionais, por exemplo os Estados Unidos, se mantenham em silêncio. Estamos em um estado de sítio, as pessoas nas ruas, há mortos, assassinados e o Departamento de Estado dos Estados Unidos não se pronuncia. Penso que eles endossam a fraude, mas em seguida o Departamento de Estado diz defender a democracia (…); mas se fosse com a Nicarágua ou com a Venezuela, os Marines já estariam aqui.

LJ: Houve alguma intervenção dos Estados Unidos que vocês detectaram ou algum papel mais direto nestas eleições?
MZ:
 Sim, aqui estamos em países sob o domínio do dólar. Tem que se dizer que eles manejam tudo aqui. Ou seja, claro que sim.

LJ: Como julga que o fato de que setores da polícia tenham recusado a obedecer as ordens e a aceitar o estado de sítio imposto pelo presidente Hernández?
MZ:
 Digo que não se pode governar com o povo contra e a polícia disse que não iria reprimir o povo, mesmo que o presidente ordenasse.

LJ: Por outro lado, há militares nas ruas e houve vários mortos.
MZ:
 As violações de direitos humanos neste país são graves: Honduras consta em Genebra como país violador de direitos humanos, assim estão as coisas.

LJ: Qual foi o papel dos observadores eleitorais da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos nestas eleições?
MZ:
 Somente ontem (02/12), tanto os observadores da EU quanto os observadores da OEA fizeram um bom informe, mas nos outros dias foram muito fracos, desinteressados.

LJ: Os observadores pediram que haja revisão das atas e mais flexibilidade com os períodos para que haja um processo mais transparente. Em sua opinião, isso se deveu às pressões populares e da oposição?
MZ:
 Deveu-se a terem percebido como se tratam os documentos eleitorais, a manipulação e os computadores. Agora estão conscientes; também a OEA.

LJ: Por que o seu partido, o Libre, decidiu apoiar o candidato Salvador Nasralla?
MZ:
 Éuma conveniência política, uma aliança de vários para ganhar da ditadura.

LJ: A coalização que formaram se chama Aliança Opositora Contra a Ditadura. Em que sentido há ditadura em Honduras?
MZ:
 Bom, aqui há leis militares que invadem o âmbito civil. Foram suspensas as garantias constitucionais, tem-se centralizado o poder, o debate, assim como a democracia. Agora eu sou deputado e no Congresso existem sérias limitações na democracia também. Então, os índices de violência são altíssimos, estão saqueando o estado. Violaram a constituição: O presidente não podia concorrer a um novo mandato e, ao invés disso, ele fez e agora está ganhando as eleições com fraude. Aqui há uma ditadura montada e está aprovada por Washington.

LJ: A Aliança vai aceitar o resultado da recontagem [parcial] eleitoral das cédulas que o TSE fará?
MZ:
 O Tribunal Eleitoral está contaminado e os resultados também. Não o aceitaremos.

LJ: Então qual seria a proposta neste caso?
MZ:
 A recontagem total dos votos para a transparência do sistema.

LJ: E em algum sentido, votar novamente é uma opção possível para vocês?
MZ:
 Seria necessário criar leis específicas para isso, mas é uma opção que seria aceita.

LJ: depois do golpe de 2009 e dos governos de direita, o que Honduras precisa para uma nova etapa, para erguer-se?
MZ:
 Bom, a democracia é o caminho, dar as pessoas, ao povo, oportunidade de opinar, de ir às consultas. É preciso armos a uma democracia participativa, na qual o povo tome as decisões. O governo já não funciona. Os governos têm que tirar seus poderes e dar-lhes ao povo.

LJ: Honduras viveu uma época obscura, de grande repressão aos defensores dos direitos humanos e ativistas sociais. Qual é sua opinião no caso da ativista Berta Cáceres?
MZ:
 Como disse, Honduras vem sendo condenada como um país violador dos direitos humanos por Genebra e foi em todo esse contexto de violações que uma ativista, defensora do meio ambiente como Berta Cáceres, foi assassinada.

(*) Publicado originalmente em La Jornada

Editado por: La Jornada
Conteúdo originalmente publicado em La Jornada
Tags: américa latinahonduras
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MATA ATLÂNTICA

MST conclui semeadura aérea de 10 toneladas de palmeira juçara para reflorestamento no Paraná

Inflação

Preço da cesta básica cai em 15 de 17 capitais pesquisadas

Eliminatórias

‘Parecia jogo de várzea’: jornalista critica estreia apagada da seleção com Ancelotti

CULTURA URBANA

Batalha da Resistência: Juventude ocupa o Farol com rima, dança e arte periférica

Empréstimo

Portabilidade de contrato antigo para consignado CLT começa a valer; veja como funciona

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.